Foi-se
o tempo de esperar a chuva ou de adivinhar a seca. Um programa piloto
regional quer obter informações que levem à previsão das estiagens e
orientem ações proativas frente ao problema secular. Neste sentido,
Fortaleza se tornou a cidade-sede do Monitor das Secas do Nordeste. Em
elaboração por instituições ligadas aos setores de meteorologia,
recursos hídricos e agricultura e anunciado como o primeiro do gênero no
Brasil, o programa tem inspiração norte-americana e deve traçar um mapa
local com o estado da seca na região.
“O
Monitor vai, a partir de dados observacionais (precipitação, umidade,
vazão...), gerar indicadores dos estados de seca meteorológica, agrícola
e hidrológica”, explica o presidente da Fundação Cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio Passos
Rodrigues Martins. O monitoramento inclui a integração de informações
sobre as secas, produzidas por diversas instituições brasileiras
especializadas, e a geração de “um mapa que reflete uma primeira versão
do estado de seca da região em cinco níveis: anormalmente seco, seca
moderada, seca severa, seca extrema e seca excepcional”, completa
Martins.Além da região Nordeste, outras extensões do semiárido nacional
serão observadas pelo Monitor das Secas. Atualmente, “estão sendo
recopiladas as informações disponíveis tanto de instituições estaduais
como federais, precisando fazer uma análise de quais poderão ser
incorporadas na primeira etapa do Monitor”, dialogam Erwin De Nys,
especialista sênior em Recursos Hídricos/Banco Mundial e Carmen Molejón,
especialista em Recursos Hídricos.
Fonte: O Povo -