Foto: Fábio Lima/ Diário do Nordeste

Na entrevista ele também enfatizou que o Hospital de Messejana é o terceiro maior transplantador de coração do Brasil, só perde para outros dois hospitais de São Paulo. Também está crescendo a quantidade de centros especializados para transplantes em vários estados do país. “Nós conseguimos formar uma boa estrutura, não é ainda a estrutura ideal porque, a medida que vai aumentando o número de transplantes, essa estrutura merece ser sempre modernizada. Mas mesmo assim, nós temos realizado esse trabalho de liderança e referência nacional“, disse o cardiologista.
Ouça a entrevista na íntegra:
O Dr. João David de Souza Neto frisou que todos os processos realizados com transplantes são muito delicados, como a análise e escolha de doadores compatíveis, o processo cirúrgico do transplante e o acompanhamento do paciente durante o pós-cirúrgico – que precisará ter cuidados como o uso de medicamentos para evitar a rejeição do órgão pelo resto da vida. Além disso, ele destacou que o Hospital de Messejana também é um dos poucos do Brasil que realiza procedimentos pioneiros e inovadores, a exemplo do implante do dispositivo de assistência circulatória, ou coração artificial.
A questão da doação de órgãos também foi lembrada. “Falta às pessoas um entendimento do que seja morte encefálica, embora nós saibamos que naquele momento de dor não é fácil as pessoas entenderem e disponibilizarem os órgão para transplantar em uma pessoa que está a espera”, considerou o médico. Ele também ressaltou o crescimento nas doações devido às campanhas educativas e de conscientização.
Durante a entrevista, ainda houve questionamentos sobre os processos necessários para se fazer um transplante, principalmente a avaliação da compatibilidade do órgão do doador com a pessoa que irá recebê-lo. Também foi dito que o Hospital de Messejana é atualmente uma referência no nordeste e, por isso, tem recebido pacientes de vários estados da região para passarem pelo procedimento.